segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Retorno

Amigo,
Olhe para o chão
Depois olhe para a frente
Não desvie do caminho
Não esqueça da sua alma.
Cabeça erguida,
Pés firmes,
Braços fortes,
Coração leve.
(...faça um pedido para a estrela que já se foi...)

Avante!


A esperança ainda existe
E você ainda existe aí dentro!

sábado, 18 de outubro de 2008

Assalto

Me roubaram as estrelas que criei para outra pessoa brilhar. Me roubaram as minhas mãos carinhosas e bem-cuidadas, sempre prontas para afagar. Me roubaram a paciência que eu mesma criei, e que tanto demorou pra ficar pronta (paciência...). Me roubaram grande parte dos meus sorrisos mais sinceros. Como era de se esperar, roubaram também o meu dinheiro, que eu julgava tão bem aplicado. Meu tempo, então, levaram sem pestanejar nem meia vez. Me roubaram abraços, beijos e, que irônico seria se não acontecesse!, me roubaram amor.

Mas de tudo que levaram, a coisa que mais sinto falta é única, insubstituível.

Me roubaram de mim.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Geração

Não criamos esperanças,
não esperamos criações,
somos o futuro da nação.

Não fazemos boa notícia,
não noticiamos boas ações,
somos o futuro da nação.

Não sabemos o que queremos,
não queremos o que já sabemos,
somos o futuro da nação.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Devolução

Quero de volta o meu sorriso,
o meu jeito terno de olhar o tempo,
a minha impulsividade nem tão desastrosa assim,
a confiança que eu tinha no mundo.
Quero de volta o meu jeito infantil de rir da vida,
a forma de observar a tarde passando cheia de tédio,
as minhas piadas bobas,
o meu tango.

Pode tratar de me devolver (o mais rápido possível)
as imagens que eu pintei, as frases que eu disse,
o carinho que eu tanto dei, a dedicação intensa,
os versos que eu fiz, e até os que eu não entreguei,
os meus sonhos
e os meus pesadelos também.

Você arranje logo um jeito de me entregar
todos os segundos que perdi declarando meu amor,
as horas no telefone pra ouvir a sua voz,
e as vidas que perdi pensando em você;
devolve também as lágrimas
(já que eu sou tão seca)
e os beijos,
batom.

Vê se me devolve tudo, que eu preciso de verdade
do meu sangue,
da minha saliva,
das minhas células,
devolve até a minha dor
...por favor.

E já que eu nunca fui inteira,
completa,
perfeita,
faz o favor de me trazer
aquela parte que você arrancou de mim.



Eu tenho certeza de que ela é mais importante pra mim do que pra você.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Google

A gente procura
 achar o branco no preto,
 ou mesmo o preto no branco,
 achar explicação pro que a gente sabe
 que já... não tem,
 perdão pro seu defeito
 e cura pra solidão,
 achar o sim no não,
 achar o sim no talvez,
 achar o sim até no "sim",
 o que já não existe,
 o que nunca existiu,
 a resposta das coisas tolas
(...que, apesar disso, a gente ainda tentou descomplicar...),
 as cores infinitas - tão desbotadas,
 a compreensão até
na dor.

A gente procura
 achar o tudo no vazio,
 e o que a gente encontra
 é que querer e poder
 já não são o mesmo que
 acreditar.

A gente procura,
 e não acha mais nada.