sábado, 18 de outubro de 2008

Assalto

Me roubaram as estrelas que criei para outra pessoa brilhar. Me roubaram as minhas mãos carinhosas e bem-cuidadas, sempre prontas para afagar. Me roubaram a paciência que eu mesma criei, e que tanto demorou pra ficar pronta (paciência...). Me roubaram grande parte dos meus sorrisos mais sinceros. Como era de se esperar, roubaram também o meu dinheiro, que eu julgava tão bem aplicado. Meu tempo, então, levaram sem pestanejar nem meia vez. Me roubaram abraços, beijos e, que irônico seria se não acontecesse!, me roubaram amor.

Mas de tudo que levaram, a coisa que mais sinto falta é única, insubstituível.

Me roubaram de mim.

Um comentário:

borges disse...

ainda bem que não roubaram sua alma Dona Veo. Nenhum mortal fará isso.
E pelo visto, o assaltante não levou o talento também.

No lugar de suas partes perdidas, você pode criar outras, gastando um bom pedaço de espírito (como diz o Léo Quintão: Isso, dá pra fazer)

Acho que suas palavras aqui (cada vez mais vivas) são prova disso.

get up!!!
;)