Depois de uma tarde chuvosa e fria debaixo das cobertas (onde nossas pernas brincavam umas com as outras), depois de tantos risos e de alegria tão surpreendente (ah, quanto tempo esperamos por isso!), depois do nosso clássico joguinho de perguntas, ele mandou:
- E você? Se pudesse escolher um momento nosso pra ser pra sempre, qual seria?
Sorri. Ele sempre gostava de perguntar essas coisas que pedem uma resposta com generalização na cara dura, como "todos os nossos momentos", ou ainda "cada segundo do seu lado". Meio apelativo, eu sempre disse, mas até que era bonitinho. Continuou:
- Sei que todos são bons porque são comigo, mas dessa vez só pode um.
Bobo. Sempre lendo meus pensamentos (até quando eu acho que estou lendo os dele!). Olhei naqueles olhos castanhos, fiz um carinho leve na sua bochecha esquerda, passei a mão nos lençóis. Mordi o lábio inferior e fiquei pensando... qual momento?
Talvez quando nos conhecemos... eu podia jurar que ele tinha me detestado. Ou quando nos encontramos de novo, ambos ansiosos, segurando sorrisos misteriosos (pra quê? A gente sempre soube). Talvez aquele passeio na chuva depois da minha aula? Nossa primeira briga, que valia até como momento bom, só por causa do final. A vez em que deitamos na grama e nomeamos as constelações. Aquela tarde de maio em que ele segurou a minha mão e me chamou de "minha menina linda", mas de um jeito único, diferente. Todas as horas na nossa cama (voadora). Nosso concurso de nomes mais fofamente bregas. Nossas mordidas de leve na orelha. O cheiro de eucalipto do sítio que se misturava com o cheiro do cabelo dele naquelas férias...
Olhei de novo, vi que ele aguardava a resposta com outro sorriso misterioso brincando na boca. Pedi:
- Fecha os olhos.
Me aproximei, colei meus lábios nos dele e comecei a rir. Ele abriu os olhos, curioso (como sempre), e eu disse:
- Qualquer um, porque não faz diferença. Todos os momentos com você são pra sempre, e o sempre é só um momento.
- E depois, o que vem?
- Você de novo.
Ele sorriu, sussurrou um "eu te amo" e me puxou pros seus braços. E eu disse, bem baixinho, que nem meus lençóis puderam ouvir: "eu também. De verdade".
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Menina dos olhos da cor do infinito
Era uma vez, numa terra muito, muito distante, uma bonequinha de pano. Ela era linda: tinha olhos pretos como jabuticabas, cabelos loiros como o ouro e um sorrisinho tímido, enigmático, desses que só bonecas de pano têm. Vivia guardada junto de outros brinquedos de uma família e raramente ia lá pra fora brincar com as crianças, pois tinham medo de sujarem ou rasgarem a bonequinha de pano. O que ninguém sabia é que essa bonequinha de pano também queria brincar, sair, se divertir. Pois a bonequinha também tinha um coração, não desses corações humanos (que são grandes, vermelhos e cheios de sangue!), mas um coraçãozinho de pano que sentia tudo ao seu redor. E dentro de seu coração existia uma pergunta: se ela era tão linda, se todos gostavam tanto dela, por que ela vivia trancada com os outros brinquedos? Afinal, ela queria sair, ver esse mundão com seus grandes olhos, sentir a brisa na pele, deixar o vento balançar seus cabelos... e, acima de tudo, queria conhecer pessoas, pois o coração da bonequinha era muito grande e cheio de carinho e amor.
Alguns poucos anos se passaram e estourou uma guerra na região onde a família (dona da bonequinha de pano) morava. Tiveram que fugir o mais rápido possível, pois homens cruéis e sem um pingo de amor no coração queriam dominar as terras - e não mediriam esforços para conseguir seu objetivo. Assim, a família empacotou as coisas mais importantes e valiosas da casa e foi embora, não se sabe exatamente para onde, mas simplesmente foi. E a família andou, e andou, e andou... passou por montanhas, planaltos, rios, florestas, sempre encontrando outras famílias que fugiam também. Ouvia notícias: as coisas não estavam boas. Os homens cruéis avançavam pelas terras cada vez mais rápido, logo alcançariam as boas pessoas se elas não tratassem de correr.
Eis que, uma noite, os familiares se esconderam numa floresta densa e escura, achando que seria um excelente esconderijo, pois ouviram rumores de que os homens estavam próximos. E, nessa floresta, a família esperou a noite passar... até que ouviram gritos, correria: alguma coisa acontecia lá perto. E essa "alguma coisa" era justamente o que mais temiam: os homens chegaram! A família, em pânico, saiu correndo pela floresta, com medo de acontecer-lhes o pior. Mas a bonequinha de pano se soltou da mão de uma das crianças, que não pode retornar para pegar a boneca, e então ficou deitada no chão da floresta, olhando para o topo das árvores escuras.
Tempo se passou e a família não voltou. A bonequinha de pano havia se acostumado a ficar "sozinha" (afinal, em casa, tinha os outros brinquedos como companhia), mas nunca havia se sentido tão só. Teve medo e chorou. Mas o que a bonequinha não sabia é que ela não estava só: havia um reino encantado na floresta, e esse reino vivia dentro das árvores: a floresta era seu mundo. Assim, uma fada ouviu o choro da bonequinha (pois bonequinhas também choram e também riem, mas os humanos são frios demais para poderem perceber) e resolveu ajudá-la.
- Bonequinha, por que chora tanto?
- É que... minha família me esqueceu na floresta, e acho que não vai mais voltar.
- E você não pode procurá-los?
- Não, não posso... sou só uma boneca de pano. Não sou como os homens, que podem sair por aí conquistando o mundo, e não sou como as crianças, que podem correr livres. Não sou como as mulheres, que podem entregar seus corações aos homens tão valentes, e não sou como os velhos, que contam casos de infância. Sou só uma boneca de pano, e para sempre boneca de pano eu serei.
- Bonequinha, você fala como se não gostasse de ser o que é!
- Não é bem isso... gosto de ser boneca, gosto desse vestido, gosto dos brinquedos que são meus amigos. Mas nunca pude conhecer o que havia lá fora e, agora que conheço, não sei bem se gosto. - E há algum motivo para não gostar?
A bonequinha, então, contou pacientemente toda a história que conhecia, até chegar onde estava. A fada ouviu atentamente e, por fim, disse:
- Ainda não vejo motivo para não gostar do mundo. É certo que há muito tempo alguns valores se perderam, mas ainda há esperança.
- Mas bonecas não podem sentir esperança.
- Claro que podem! Por que não poderiam?
- Porque a esperança é uma ilusão, não é? Todos os brinquedos são criados devido à vontade de animarem crianças, serem seus companheiros. Só nos é dado o direito de divertí-las. Entenda, dona fada, não é que eu não gosto disso: eu gosto de verdade. Mas brinquedos não têm sentimentos... brinquedos não são reais, pelo menos não tão reais como um ser humano.
- E o que você está me dizendo não é sentimento, bonequinha?
- Bem...
- Bonequinha, você tem desejos, sonhos, pensamentos, não têm?
- É; de fato, tenho sim.
- Então o que te torna menos real do que um homem?
Nesse momento, a bonequinha voltou a chorar, mas sem saber o porquê. A fadinha ficou indecisa, esperou um pouco, pensou e pensou e então voltou a dizer:
- Eu lhe disse, boneca, que alguns valores se perderam no mundo dos homens. Nesse mundo enorme podemos conhecer gente muito boa, gente muito ruim, até gente que daria tudo para ser uma bonequinha de pano, quem sabe... pelo menos para fazer esse mundo feliz. É fato: seu cérebro não trabalha como o dos homens; no entanto, você pensa como um ser humano. Sua pele não sente dor ou prazer como a dos homens; no entanto, você é capaz de sentir um toque puro e sincero. Seu coração não pulsa como o dos homens; no entanto, você é capaz de amar, sentir medo e desejar. Você é uma bonequinha muito especial.
- Mas sou como todas as outras bonecas, dona fada.
- E você queria ser diferente?
- Sim; eu queria poder conhecer o mundo dos homens de verdade. Mas isso é impossível.
- Fadas não conhecem essa palavra!
Nisso, a fada prometeu à bonequinha que seria capaz de torná-la humana se ela conservasse o seu coração tão puro. A boneca ficou muito animada e prometeu que seria capaz, que daria o melhor de si. Então, num passe de mágica, a fada transformou a bonequinha numa garota de verdade, vestiu a menina com roupas muito bonitas e penteou seus cabelos loiros. Levou a menina até um lago lá perto e pediu que ela olhasse seu reflexo. A bonequinha exclamou:
- Fada, eu sou uma menina! Sou uma menina de verdade!
- Sim, agora você é uma humana, cara bonequinha, mas com coração de boneca.
- Mas dona fada... tem algo errado... meus olhos.
- O que há de errado com seus olhos, mocinha? - riu a fada.
- Bem, meus olhos eram pretos, e agora... estão claros. Estão azuis, dona fada.
- Sim, eu sei.
- Por quê?
- Porque você tem um coração puro, tem cabelos da cor do ouro, tem uma pele macia e tem um sorriso sincero, bonequinha. Mas há muitas pessoas assim no mundo. Somos todos iguais, porém somos todos diferentes ao mesmo tempo.
- Mas isso é possível? - interrompeu a bonequinha.
- Sim, é possível: é algo que você entenderá aos poucos. Então resolvi te entregar esses olhos azuis, bonequinha, para que você seja diferente dos outros.
- Diferente, mas igual - a boneca falou baixinho.
- Exatamente! - a fada sorriu. - No mundo dos homens, dizem que é possível ver os sentimentos e as vontades mais sinceras de uma pessoa ao encará-la, sabia? Porque, olhando nos olhos de alguém, você pode enxergar a alma dessa pessoa... se ela for pura. Então, bonequinha, agora que você é humana, vai precisar manter a sua palavra: conservar o seu coração puro. E correrá o mundo, como você tanto deseja, procurando apresentar o amor e o carinho àqueles que têm o coração corroído pelo abandono, pela tristeza, pela dor.
- Farei isso, dona fada, farei isso! Mas... por que escolheu a cor azul, dona fada?
- Porque é a cor do infinito, bonequinha. É a cor do céu, e o céu não cabe em lugar algum (a não ser nele mesmo), não há como medí-lo, não há como destruí-lo, não há como não existir e como sumir, pois ele é infinito.
- Então meus olhos são da cor do infinito?
- Exatamente. E você sabe o que mais é infinito nesse mundo, cara bonequinha?
- Não... o quê?
- O amor.
Assim, fada e boneca se despediram, mas não com uma despedida triste, e sim sincera. Um dia iriam se ver de novo, não importava como nem quando e nem onde, mas iriam se ver. E não se sabe direito o que aconteceu com a bonequinha: sabe-se apenas que ela cumpriu sua promessa, pois nada no mundo inteiro foi capaz de lhe fazer mais feliz do que olhar para o céu e enxergar seu próprio olhar, sempre tão carregado de amor.
Também não se sabe se essa história é verdadeira ou não: há alguns que não acreditam no que a mente humana é capaz de inventar, há outros que não acreditam numa boa história fantástica, há mais alguns que acreditam em fantasia. Como somos capazes de medir a verdade nas palavras, nos contos, nas histórias? Eu não sei, creio que ninguém saberá... o importante é que, bem, há alguns anos, eu conheci uma menininha doce, com sorriso meio tímido, com cabelos loiros da cor do ouro e com os olhos mais lindos que já vi.
Se essa menina é a tal bonequinha? Bem... acho que sim, acho que não. Só sei que a fada estava certa: o infinito é sempre azul, e o amor é infinito. A cor dos olhos da Carolzinha também.
Alguns poucos anos se passaram e estourou uma guerra na região onde a família (dona da bonequinha de pano) morava. Tiveram que fugir o mais rápido possível, pois homens cruéis e sem um pingo de amor no coração queriam dominar as terras - e não mediriam esforços para conseguir seu objetivo. Assim, a família empacotou as coisas mais importantes e valiosas da casa e foi embora, não se sabe exatamente para onde, mas simplesmente foi. E a família andou, e andou, e andou... passou por montanhas, planaltos, rios, florestas, sempre encontrando outras famílias que fugiam também. Ouvia notícias: as coisas não estavam boas. Os homens cruéis avançavam pelas terras cada vez mais rápido, logo alcançariam as boas pessoas se elas não tratassem de correr.
Eis que, uma noite, os familiares se esconderam numa floresta densa e escura, achando que seria um excelente esconderijo, pois ouviram rumores de que os homens estavam próximos. E, nessa floresta, a família esperou a noite passar... até que ouviram gritos, correria: alguma coisa acontecia lá perto. E essa "alguma coisa" era justamente o que mais temiam: os homens chegaram! A família, em pânico, saiu correndo pela floresta, com medo de acontecer-lhes o pior. Mas a bonequinha de pano se soltou da mão de uma das crianças, que não pode retornar para pegar a boneca, e então ficou deitada no chão da floresta, olhando para o topo das árvores escuras.
Tempo se passou e a família não voltou. A bonequinha de pano havia se acostumado a ficar "sozinha" (afinal, em casa, tinha os outros brinquedos como companhia), mas nunca havia se sentido tão só. Teve medo e chorou. Mas o que a bonequinha não sabia é que ela não estava só: havia um reino encantado na floresta, e esse reino vivia dentro das árvores: a floresta era seu mundo. Assim, uma fada ouviu o choro da bonequinha (pois bonequinhas também choram e também riem, mas os humanos são frios demais para poderem perceber) e resolveu ajudá-la.
- Bonequinha, por que chora tanto?
- É que... minha família me esqueceu na floresta, e acho que não vai mais voltar.
- E você não pode procurá-los?
- Não, não posso... sou só uma boneca de pano. Não sou como os homens, que podem sair por aí conquistando o mundo, e não sou como as crianças, que podem correr livres. Não sou como as mulheres, que podem entregar seus corações aos homens tão valentes, e não sou como os velhos, que contam casos de infância. Sou só uma boneca de pano, e para sempre boneca de pano eu serei.
- Bonequinha, você fala como se não gostasse de ser o que é!
- Não é bem isso... gosto de ser boneca, gosto desse vestido, gosto dos brinquedos que são meus amigos. Mas nunca pude conhecer o que havia lá fora e, agora que conheço, não sei bem se gosto. - E há algum motivo para não gostar?
A bonequinha, então, contou pacientemente toda a história que conhecia, até chegar onde estava. A fada ouviu atentamente e, por fim, disse:
- Ainda não vejo motivo para não gostar do mundo. É certo que há muito tempo alguns valores se perderam, mas ainda há esperança.
- Mas bonecas não podem sentir esperança.
- Claro que podem! Por que não poderiam?
- Porque a esperança é uma ilusão, não é? Todos os brinquedos são criados devido à vontade de animarem crianças, serem seus companheiros. Só nos é dado o direito de divertí-las. Entenda, dona fada, não é que eu não gosto disso: eu gosto de verdade. Mas brinquedos não têm sentimentos... brinquedos não são reais, pelo menos não tão reais como um ser humano.
- E o que você está me dizendo não é sentimento, bonequinha?
- Bem...
- Bonequinha, você tem desejos, sonhos, pensamentos, não têm?
- É; de fato, tenho sim.
- Então o que te torna menos real do que um homem?
Nesse momento, a bonequinha voltou a chorar, mas sem saber o porquê. A fadinha ficou indecisa, esperou um pouco, pensou e pensou e então voltou a dizer:
- Eu lhe disse, boneca, que alguns valores se perderam no mundo dos homens. Nesse mundo enorme podemos conhecer gente muito boa, gente muito ruim, até gente que daria tudo para ser uma bonequinha de pano, quem sabe... pelo menos para fazer esse mundo feliz. É fato: seu cérebro não trabalha como o dos homens; no entanto, você pensa como um ser humano. Sua pele não sente dor ou prazer como a dos homens; no entanto, você é capaz de sentir um toque puro e sincero. Seu coração não pulsa como o dos homens; no entanto, você é capaz de amar, sentir medo e desejar. Você é uma bonequinha muito especial.
- Mas sou como todas as outras bonecas, dona fada.
- E você queria ser diferente?
- Sim; eu queria poder conhecer o mundo dos homens de verdade. Mas isso é impossível.
- Fadas não conhecem essa palavra!
Nisso, a fada prometeu à bonequinha que seria capaz de torná-la humana se ela conservasse o seu coração tão puro. A boneca ficou muito animada e prometeu que seria capaz, que daria o melhor de si. Então, num passe de mágica, a fada transformou a bonequinha numa garota de verdade, vestiu a menina com roupas muito bonitas e penteou seus cabelos loiros. Levou a menina até um lago lá perto e pediu que ela olhasse seu reflexo. A bonequinha exclamou:
- Fada, eu sou uma menina! Sou uma menina de verdade!
- Sim, agora você é uma humana, cara bonequinha, mas com coração de boneca.
- Mas dona fada... tem algo errado... meus olhos.
- O que há de errado com seus olhos, mocinha? - riu a fada.
- Bem, meus olhos eram pretos, e agora... estão claros. Estão azuis, dona fada.
- Sim, eu sei.
- Por quê?
- Porque você tem um coração puro, tem cabelos da cor do ouro, tem uma pele macia e tem um sorriso sincero, bonequinha. Mas há muitas pessoas assim no mundo. Somos todos iguais, porém somos todos diferentes ao mesmo tempo.
- Mas isso é possível? - interrompeu a bonequinha.
- Sim, é possível: é algo que você entenderá aos poucos. Então resolvi te entregar esses olhos azuis, bonequinha, para que você seja diferente dos outros.
- Diferente, mas igual - a boneca falou baixinho.
- Exatamente! - a fada sorriu. - No mundo dos homens, dizem que é possível ver os sentimentos e as vontades mais sinceras de uma pessoa ao encará-la, sabia? Porque, olhando nos olhos de alguém, você pode enxergar a alma dessa pessoa... se ela for pura. Então, bonequinha, agora que você é humana, vai precisar manter a sua palavra: conservar o seu coração puro. E correrá o mundo, como você tanto deseja, procurando apresentar o amor e o carinho àqueles que têm o coração corroído pelo abandono, pela tristeza, pela dor.
- Farei isso, dona fada, farei isso! Mas... por que escolheu a cor azul, dona fada?
- Porque é a cor do infinito, bonequinha. É a cor do céu, e o céu não cabe em lugar algum (a não ser nele mesmo), não há como medí-lo, não há como destruí-lo, não há como não existir e como sumir, pois ele é infinito.
- Então meus olhos são da cor do infinito?
- Exatamente. E você sabe o que mais é infinito nesse mundo, cara bonequinha?
- Não... o quê?
- O amor.
Assim, fada e boneca se despediram, mas não com uma despedida triste, e sim sincera. Um dia iriam se ver de novo, não importava como nem quando e nem onde, mas iriam se ver. E não se sabe direito o que aconteceu com a bonequinha: sabe-se apenas que ela cumpriu sua promessa, pois nada no mundo inteiro foi capaz de lhe fazer mais feliz do que olhar para o céu e enxergar seu próprio olhar, sempre tão carregado de amor.
Também não se sabe se essa história é verdadeira ou não: há alguns que não acreditam no que a mente humana é capaz de inventar, há outros que não acreditam numa boa história fantástica, há mais alguns que acreditam em fantasia. Como somos capazes de medir a verdade nas palavras, nos contos, nas histórias? Eu não sei, creio que ninguém saberá... o importante é que, bem, há alguns anos, eu conheci uma menininha doce, com sorriso meio tímido, com cabelos loiros da cor do ouro e com os olhos mais lindos que já vi.
Se essa menina é a tal bonequinha? Bem... acho que sim, acho que não. Só sei que a fada estava certa: o infinito é sempre azul, e o amor é infinito. A cor dos olhos da Carolzinha também.
Feliz aniversário, Carolzinha!
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Carta
Ó meu grande amor,
trago notícias desse mundo rápido:
as pessoas andam enlouquecendo,
e isso não me surpreende mais.
Amor,
os atos e as palavras estão imundos,
os sentimentos foram esquecidos.
O vento já não me traz mais o seu riso.
Infelizmente,
decretaram que as memórias e lembranças...
(aquelas tão doces e delicadas)
...nada mais eram do que água debaixo da ponte.
Não, meu grande amor,
nossas alegrias antigas não são mais,
também não estão mais;
pertencem a algo ou alguém que as pessoas chamam de Passado.
E eu não consegui chamá-lo,
esse tal de Passado,
pra explicar que as lembranças não passam,
não.
Ó meu grande amor,
hoje os pássaros não voaram,
o céu mais se fechou do que se abriu,
o vento não levantou as cortinas,
não ouvi a ciranda das crianças,
o rio não pareceu correr,
espírito jovem aparenta estar preso,
mas a minha dor se perdeu por aí.
Mas ó, meu grande amor,
essa carta não seria minha
se não te escrevesse um singelo sorriso:
hoje as flores passearam comigo
e a nossa flor roxa
me contou que ainda há esperança.
trago notícias desse mundo rápido:
as pessoas andam enlouquecendo,
e isso não me surpreende mais.
Amor,
os atos e as palavras estão imundos,
os sentimentos foram esquecidos.
O vento já não me traz mais o seu riso.
Infelizmente,
decretaram que as memórias e lembranças...
(aquelas tão doces e delicadas)
...nada mais eram do que água debaixo da ponte.
Não, meu grande amor,
nossas alegrias antigas não são mais,
também não estão mais;
pertencem a algo ou alguém que as pessoas chamam de Passado.
E eu não consegui chamá-lo,
esse tal de Passado,
pra explicar que as lembranças não passam,
não.
Ó meu grande amor,
hoje os pássaros não voaram,
o céu mais se fechou do que se abriu,
o vento não levantou as cortinas,
não ouvi a ciranda das crianças,
o rio não pareceu correr,
espírito jovem aparenta estar preso,
mas a minha dor se perdeu por aí.
Mas ó, meu grande amor,
essa carta não seria minha
se não te escrevesse um singelo sorriso:
hoje as flores passearam comigo
e a nossa flor roxa
me contou que ainda há esperança.
domingo, 13 de janeiro de 2008
Chorando a morte da bezerra
O TRISTE ADEUS À MIMOSA
Amigos se reúnem para prestar uma última homenagem à bezerra
Belo Horizonte, MG - Na noite da última sexta-feira (11 de janeiro), amigos da bezerra Mimosa se reuniram na Fazenda do Tio Garcia para prestar uma última homenagem à vaquinha enjeitada. Mimosa, com alguns poucos meses de vida, vinha travando uma luta contra sua mãe Giselda, que a abandonou assim que deu à luz. A bezerra vinha enfrentando a falta do leite materno, sendo este substituído por leite de outras vacas (serviço feito pelo dono da fazenda, o senhor Raphael Garcia). Mimosa havia entrado em profunda depressão, recusando-se a continuar tomando o leite que não era materno, ocasionando assim a sua morte.
O funeral de Mimosa ocorreu na noite de sexta e foi acompanhado por muitos simpatizantes, conhecidos e amigos da bezerra, como Seu Galo Zé (que cantou um "Cocoricó" em sua homenagem) e o próprio dono da fazenda, sr. Garcia. Houve muitas lágrimas silenciosas durante o funeral, além de muitas recordações e lembranças que os participantes traziam de Mimosa. "Lembro-me como se fosse ontem de quando retirei Mimosa de sua mãe, voou sangue para todo lado", afirma o vaqueiro Batata. "Minha mãe sempre costumava oferecer seu leite para Mimi, não sabíamos que isso a deixava mal. Mas não adianta chorar o leite derramado", disse entre lágrimas a bezerra Xislene.
Procuramos Giselda para maiores informações, mas a vaca não quis dar entrevistas.
Amigos se reúnem para prestar uma última homenagem à bezerra
Belo Horizonte, MG - Na noite da última sexta-feira (11 de janeiro), amigos da bezerra Mimosa se reuniram na Fazenda do Tio Garcia para prestar uma última homenagem à vaquinha enjeitada. Mimosa, com alguns poucos meses de vida, vinha travando uma luta contra sua mãe Giselda, que a abandonou assim que deu à luz. A bezerra vinha enfrentando a falta do leite materno, sendo este substituído por leite de outras vacas (serviço feito pelo dono da fazenda, o senhor Raphael Garcia). Mimosa havia entrado em profunda depressão, recusando-se a continuar tomando o leite que não era materno, ocasionando assim a sua morte.
O funeral de Mimosa ocorreu na noite de sexta e foi acompanhado por muitos simpatizantes, conhecidos e amigos da bezerra, como Seu Galo Zé (que cantou um "Cocoricó" em sua homenagem) e o próprio dono da fazenda, sr. Garcia. Houve muitas lágrimas silenciosas durante o funeral, além de muitas recordações e lembranças que os participantes traziam de Mimosa. "Lembro-me como se fosse ontem de quando retirei Mimosa de sua mãe, voou sangue para todo lado", afirma o vaqueiro Batata. "Minha mãe sempre costumava oferecer seu leite para Mimi, não sabíamos que isso a deixava mal. Mas não adianta chorar o leite derramado", disse entre lágrimas a bezerra Xislene.
Procuramos Giselda para maiores informações, mas a vaca não quis dar entrevistas.
sábado, 5 de janeiro de 2008
O Dia do Curinga
(retirando mais velharias)
Alguma coisa fez com que os anões prestassem atenção nas suas palavras sem dar um pio. Talvez porque, apesar de tudo, eles sempre tivessem vivido intrigados com a questão de saber por que o Curinga era diferente de todos.
— Minha casa é em lugar nenhum — prosseguiu ele. — Não sou de copas, nem de ouros, nem de paus, nem de espadas. Também não sou rei ou valete, nem oito, nem ás. Aqui estou eu, um simples curinga. Toda vez que eu mexo a cabeça, meus guizos tilintam e me lembram de que não tenho família, de que sou sozinho. Não tenho um número nem ofício. Não domino a arte de soprar vidro dos anões de ouros, nem a arte da panificação dos anões de copas; a mim me faltam as mãos habilidosas para lidar com a terra, como a dos anões de paus, e também a força muscular dos anões de espadas. Assim, tudo o que sempre fiz foi andar por aí observando tudo o que os outros faziam. Em contrapartida, pude ver um monte de coisas para as quais todos os outros sempre foram cegos.
Enquanto falava, o Curinga mexia o pezinho da perna cruzada e seus guizos tilintavam bem baixinho a cada movimento.
— Toda manhã vocês se levantavam e saíam para o trabalho. Na verdade, porém, vocês nunca estiveram de fato acordados. Pode ser que vocês tenham visto o sol, a lua e as estrelas no céu, e também tudo o que existe e se move sobre a terra... mas vocês nunca viram todas essas coisas como elas realmente são. No caso do curinga é diferente, pois ele veio ao mundo com o defeito de ver coisas demais e de ver todas elas em profundidade!
— Então desembucha de uma vez, seu idiota! — interrompeu-o a Dama de Ouros. — Se você viu alguma coisa que nós não vimos, vá dizendo logo o que é!
— Eu vi a mim mesmo! — exclamou o Curinga. — Eu vi a mim mesmo errando por um imenso jardim cheio de arbustos e árvores.
— Você consegue ver a si mesmo do alto? — deixou escapar Dois de Copas. — Será mesmo que os seus olhos têm asas como os pássaros?
— No fundo eles têm, sim. Pois não basta ficar se olhando o tempo todo num pequeno espelho, como as quatro damas aqui do povoado gostam tanto de fazer. Elas estão tão preocupadas com a sua aparência que não se dão conta de que vivem.
— Jamais ouvi tamanho atrevimento — comentou a Dama de Ouros, indignada. — Por quanto tempo esse louco vai poder continuar falando essas asneiras?
— A questão é que eu não apenas vejo todas essas coisas — prosseguiu o Curinga. — Eu também as sinto. Sinto que sou... bem, que sou uma criatura vi... uma criatura viva... uma criatura muito estranha, com pele, cabelos e tudo... uma marionete viva... robusto como um boneco de borracha. "Mas de onde veio este homem de borracha?", eu me pergunto.
— Vamos deixar que ele continue falando essas coisas? — quis saber o Rei de Espadas.
O Rei de Copas fez que sim com a cabeça.❞
•
"O Dia do Curinga", de Jostein Gaarder.
•
❝DAMA DE OUROS
...então o pequeno clown não se conteve e desandou a chorar...
(...)
...então o pequeno clown não se conteve e desandou a chorar...
(...)
Alguma coisa fez com que os anões prestassem atenção nas suas palavras sem dar um pio. Talvez porque, apesar de tudo, eles sempre tivessem vivido intrigados com a questão de saber por que o Curinga era diferente de todos.
— Minha casa é em lugar nenhum — prosseguiu ele. — Não sou de copas, nem de ouros, nem de paus, nem de espadas. Também não sou rei ou valete, nem oito, nem ás. Aqui estou eu, um simples curinga. Toda vez que eu mexo a cabeça, meus guizos tilintam e me lembram de que não tenho família, de que sou sozinho. Não tenho um número nem ofício. Não domino a arte de soprar vidro dos anões de ouros, nem a arte da panificação dos anões de copas; a mim me faltam as mãos habilidosas para lidar com a terra, como a dos anões de paus, e também a força muscular dos anões de espadas. Assim, tudo o que sempre fiz foi andar por aí observando tudo o que os outros faziam. Em contrapartida, pude ver um monte de coisas para as quais todos os outros sempre foram cegos.
Enquanto falava, o Curinga mexia o pezinho da perna cruzada e seus guizos tilintavam bem baixinho a cada movimento.
— Toda manhã vocês se levantavam e saíam para o trabalho. Na verdade, porém, vocês nunca estiveram de fato acordados. Pode ser que vocês tenham visto o sol, a lua e as estrelas no céu, e também tudo o que existe e se move sobre a terra... mas vocês nunca viram todas essas coisas como elas realmente são. No caso do curinga é diferente, pois ele veio ao mundo com o defeito de ver coisas demais e de ver todas elas em profundidade!
— Então desembucha de uma vez, seu idiota! — interrompeu-o a Dama de Ouros. — Se você viu alguma coisa que nós não vimos, vá dizendo logo o que é!
— Eu vi a mim mesmo! — exclamou o Curinga. — Eu vi a mim mesmo errando por um imenso jardim cheio de arbustos e árvores.
— Você consegue ver a si mesmo do alto? — deixou escapar Dois de Copas. — Será mesmo que os seus olhos têm asas como os pássaros?
— No fundo eles têm, sim. Pois não basta ficar se olhando o tempo todo num pequeno espelho, como as quatro damas aqui do povoado gostam tanto de fazer. Elas estão tão preocupadas com a sua aparência que não se dão conta de que vivem.
— Jamais ouvi tamanho atrevimento — comentou a Dama de Ouros, indignada. — Por quanto tempo esse louco vai poder continuar falando essas asneiras?
— A questão é que eu não apenas vejo todas essas coisas — prosseguiu o Curinga. — Eu também as sinto. Sinto que sou... bem, que sou uma criatura vi... uma criatura viva... uma criatura muito estranha, com pele, cabelos e tudo... uma marionete viva... robusto como um boneco de borracha. "Mas de onde veio este homem de borracha?", eu me pergunto.
— Vamos deixar que ele continue falando essas coisas? — quis saber o Rei de Espadas.
O Rei de Copas fez que sim com a cabeça.❞
•
"O Dia do Curinga", de Jostein Gaarder.
Vingança de Merda
Esse texto aqui é um que escrevi há muito tempo e coloquei no meu antigo blog. Olhando de volta pra ele, senti saudade e resolvi postá-lo. :~
LISTA: VINGANÇA DE MERDA
Como se vingar de alguém envolvendo as suas fezes no ato
1. Se você quer se vingar dos seus pais, cague no tapete da sala e durma no sofá com a porta de entrada aberta. Alegue que resolveu fazer o bem, trazendo um vira-lata pra casa, e que não é culpa sua de ele ter mandado o fax logo no tapete persa que a sua mãe tanto estima.
2. Para se vingar de um amigo que estragou alguma coisa sua emprestada, peça algo dele emprestado e cague em cima. Escreva um pedido de desculpa com a própria bosta. Acaba tendo um quê de simplicidade.
3. Quer se vingar da namorada? Cague nas roupas dela. Ou nos sapatos, bem lá no fundo, geralmente onde os dedos do pé ficam. Pode cagar na maquiagem também. De fato, você pode cagar em diversos lugares, que vão do "manche a bunda do jeans dela" até o "tire o enchimento dos ursinhos de pelúcia e coloque cocô no lugar". Mas só faça isso se tiver MUITOS bons motivos.
4. Quer se vingar do namorado? Cague na coleção futebolística dele ou em qualquer coisa de que ele gosta muito e que "eleve" o nível de machismo dele. O ego inflado dos homens não admite merdas acontecerem.
5. Quer se vingar do professor de artes? Espere o próximo trabalho e faça uma capa bastante artística e original, jogando cocô na folha e soprando com canudinho. ATENÇÃO: ISSO SÓ FUNCIONA COM COCÔ-ÁGUA. Você pode optar por fazer desenhos rústicos com o dedo na bosta. Chique.
6. Como se vingar do assaltante: cague de medo (hueheueheue). Não vai salvar a sua vida, mas pegar uma carteira cheia de merda deve ser horrível...
7. Para se vingar da faxineira da sua casa, cague aquela água barrenta cheia de pedacinhos moles de fezes e NÃO DÊ DESCARGA. Você pode escolher entre deixar a tampa aberta e esperar o cheiro de espalhar, ou pode deixar a tampa fechada pra ter uma dupla surpresa: o cheiro nauseante e a visão do Piscinão de Ramos.
8. Quanto aos vizinhos pirralhos que sempre te acordam com gritos, cague em formato de bolinhas de gude e comece o tiro-ao-alvo-móvel. Se preferir, pode cagar mole e pegar um montante, como se fosse uma guerra de lama. A exceção é que eles provavelmente não vão fazer o mesmo.
9. Para se vingar dos seus avós, cague um pouco antes de eles acordarem e unte suas dentaduras com cocô tipo uma massa. Vai demorar SÉCULOS pra eles tirarem aquele gosto da boca, ainda mais da dentadura.
10: VINGANÇA MASTER :: A Vingança Master requer muita força de vontade e preparo físico. Em primeiro lugar, vá para um desses postos de estradas onde só dá caminhoneiro fedido e mal-encarado. Peça a refeição da casa, que geralmente consiste em alimentos mui gordurosos (FRITURAS, YEAH!), ovo, feijão carioca (é aquele marrom), couve e repolho, entre muitas outras gostosuras. Vá até um quarto escuro, que é o local em que o indivíduo será preso, e cague até dizer "TIRA ESSE SUBMARINO LÍQUIDO DE MIM, RICARDÃO" e depois cague mais um pouco. Se você tiver condicionamento e já tiver treinado antes, talvez consiga escolher se a bosta sai mole, dura, bolinha de gude, lama, pasta, água, etc. Espalhe a bosta-lama pelo chão e pelas paredes. A pasta também é uma boa opção, levando em conta que tem maior consistência. Prepare uma tigela com a bosta-água para quando a vítima sentir sede e prepare a bosta-bolinha-de-gude como pequenos petiscos, tipo ração de cachorro, para quando ela sentir fome. Leve o cidadão até o local, prenda-o e peide em seu rosto. Sim, peide em seu rosto, coloque seu orifício anal na região nasal do ser humano e PEIDE COM VONTADE, sinta o vento escapando do seu cu, dê um urra de alívio, peide mais um pouco. Tire as roupas do fulano e deixe-o usando apenas as roupas íntimas. Coloque merda nelas. Você pode escolher entre a merda mole (fica grudento) ou a merda dura (incomoda e dá medo de sentar de verdade, pra não virar mole). Espere que ele(a) beba e coma, deite e role na merda, feito um porquinho se refestelando no chiqueiro, e depois liberte-o e CORRA. ATENÇÃO: a Vingança Master (VM) NÃO INCLUI a morte da pessoa. Não use instrumentos cortantes, pontiagudos nem armas de fogo. Use bosta. A VM necessita de muita força de vontade, você precisa treinar sempre. E só faça se tiver realmente certeza do que está fazendo, afinal, as chances de você fazer merda são grandes.
LISTA: VINGANÇA DE MERDA
Como se vingar de alguém envolvendo as suas fezes no ato
1. Se você quer se vingar dos seus pais, cague no tapete da sala e durma no sofá com a porta de entrada aberta. Alegue que resolveu fazer o bem, trazendo um vira-lata pra casa, e que não é culpa sua de ele ter mandado o fax logo no tapete persa que a sua mãe tanto estima.
2. Para se vingar de um amigo que estragou alguma coisa sua emprestada, peça algo dele emprestado e cague em cima. Escreva um pedido de desculpa com a própria bosta. Acaba tendo um quê de simplicidade.
3. Quer se vingar da namorada? Cague nas roupas dela. Ou nos sapatos, bem lá no fundo, geralmente onde os dedos do pé ficam. Pode cagar na maquiagem também. De fato, você pode cagar em diversos lugares, que vão do "manche a bunda do jeans dela" até o "tire o enchimento dos ursinhos de pelúcia e coloque cocô no lugar". Mas só faça isso se tiver MUITOS bons motivos.
4. Quer se vingar do namorado? Cague na coleção futebolística dele ou em qualquer coisa de que ele gosta muito e que "eleve" o nível de machismo dele. O ego inflado dos homens não admite merdas acontecerem.
5. Quer se vingar do professor de artes? Espere o próximo trabalho e faça uma capa bastante artística e original, jogando cocô na folha e soprando com canudinho. ATENÇÃO: ISSO SÓ FUNCIONA COM COCÔ-ÁGUA. Você pode optar por fazer desenhos rústicos com o dedo na bosta. Chique.
6. Como se vingar do assaltante: cague de medo (hueheueheue). Não vai salvar a sua vida, mas pegar uma carteira cheia de merda deve ser horrível...
7. Para se vingar da faxineira da sua casa, cague aquela água barrenta cheia de pedacinhos moles de fezes e NÃO DÊ DESCARGA. Você pode escolher entre deixar a tampa aberta e esperar o cheiro de espalhar, ou pode deixar a tampa fechada pra ter uma dupla surpresa: o cheiro nauseante e a visão do Piscinão de Ramos.
8. Quanto aos vizinhos pirralhos que sempre te acordam com gritos, cague em formato de bolinhas de gude e comece o tiro-ao-alvo-móvel. Se preferir, pode cagar mole e pegar um montante, como se fosse uma guerra de lama. A exceção é que eles provavelmente não vão fazer o mesmo.
9. Para se vingar dos seus avós, cague um pouco antes de eles acordarem e unte suas dentaduras com cocô tipo uma massa. Vai demorar SÉCULOS pra eles tirarem aquele gosto da boca, ainda mais da dentadura.
10: VINGANÇA MASTER :: A Vingança Master requer muita força de vontade e preparo físico. Em primeiro lugar, vá para um desses postos de estradas onde só dá caminhoneiro fedido e mal-encarado. Peça a refeição da casa, que geralmente consiste em alimentos mui gordurosos (FRITURAS, YEAH!), ovo, feijão carioca (é aquele marrom), couve e repolho, entre muitas outras gostosuras. Vá até um quarto escuro, que é o local em que o indivíduo será preso, e cague até dizer "TIRA ESSE SUBMARINO LÍQUIDO DE MIM, RICARDÃO" e depois cague mais um pouco. Se você tiver condicionamento e já tiver treinado antes, talvez consiga escolher se a bosta sai mole, dura, bolinha de gude, lama, pasta, água, etc. Espalhe a bosta-lama pelo chão e pelas paredes. A pasta também é uma boa opção, levando em conta que tem maior consistência. Prepare uma tigela com a bosta-água para quando a vítima sentir sede e prepare a bosta-bolinha-de-gude como pequenos petiscos, tipo ração de cachorro, para quando ela sentir fome. Leve o cidadão até o local, prenda-o e peide em seu rosto. Sim, peide em seu rosto, coloque seu orifício anal na região nasal do ser humano e PEIDE COM VONTADE, sinta o vento escapando do seu cu, dê um urra de alívio, peide mais um pouco. Tire as roupas do fulano e deixe-o usando apenas as roupas íntimas. Coloque merda nelas. Você pode escolher entre a merda mole (fica grudento) ou a merda dura (incomoda e dá medo de sentar de verdade, pra não virar mole). Espere que ele(a) beba e coma, deite e role na merda, feito um porquinho se refestelando no chiqueiro, e depois liberte-o e CORRA. ATENÇÃO: a Vingança Master (VM) NÃO INCLUI a morte da pessoa. Não use instrumentos cortantes, pontiagudos nem armas de fogo. Use bosta. A VM necessita de muita força de vontade, você precisa treinar sempre. E só faça se tiver realmente certeza do que está fazendo, afinal, as chances de você fazer merda são grandes.
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