Ó meu grande amor,
trago notícias desse mundo rápido:
as pessoas andam enlouquecendo,
e isso não me surpreende mais.
Amor,
os atos e as palavras estão imundos,
os sentimentos foram esquecidos.
O vento já não me traz mais o seu riso.
Infelizmente,
decretaram que as memórias e lembranças...
(aquelas tão doces e delicadas)
...nada mais eram do que água debaixo da ponte.
Não, meu grande amor,
nossas alegrias antigas não são mais,
também não estão mais;
pertencem a algo ou alguém que as pessoas chamam de Passado.
E eu não consegui chamá-lo,
esse tal de Passado,
pra explicar que as lembranças não passam,
não.
Ó meu grande amor,
hoje os pássaros não voaram,
o céu mais se fechou do que se abriu,
o vento não levantou as cortinas,
não ouvi a ciranda das crianças,
o rio não pareceu correr,
espírito jovem aparenta estar preso,
mas a minha dor se perdeu por aí.
Mas ó, meu grande amor,
essa carta não seria minha
se não te escrevesse um singelo sorriso:
hoje as flores passearam comigo
e a nossa flor roxa
me contou que ainda há esperança.
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Um comentário:
sim,nunca perder a esperança,por mais que ela pareça sumir
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